segunda-feira, 14 de junho de 2010

Barroco

O nome “barroco” deriva da palavra espanhola barueco (que simbolizava uma pérola de forma irregular) e foi atribuído no final do século XVII a este estilo, contendo uma intenção pejorativa derivada ao facto de nessa altura este período ser ainda visto como a fase de decadência do Renascimento. Apenas nos inícios do século XX é que o barroco é devidamente reconhecido.

Este novo estilo artístico – o barroco – nasceu em Itália (Roma), a partir das experiências maneiristas de finais do século XVI e rapidamente se expandiu para outros países europeus, atingindo mais tarde as colónias espanholas e portuguesas da América Latina e da Ásia.

Ao contrário da simplicidade e serenidade do estilo renascentista, o barroco caracterizava-se pelo movimento, pelo dramatismo e pelo exagero. O barroco era uma arte espectacular e faustosa e, nas igrejas, atraía os fiéis, impressionando-os. Por isso foi denominado a arte da Contra-Reforma. No período da Reforma Católica desenvolveu-se a arte da talha na Península Ibérica, vindo a revelar-se uma das mais importantes expressões da Arte Barroca e um dos veículos privilegiados da transmissão dos princípios contra-reformistas. Atraindo o crente, de forma subliminar, levava-o a aceitar as directrizes da Igreja. A arte da talha é um produto de ensambladores, de douradores, de desenhadores e imaginários, presente em toda a arte sacra do período barroco.
Caracteristícas gerais do barroco:
 a tendência para a representação realista;
 a procura do movimento e do infinito;
 a tentativa de integração das diferentes disciplinas artísticas;
 emocional sobre o racional: o seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio;
 busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
 violentos contrastes de luz e sombra;
 pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida;
 a amplitude, a contorção e a exagerada riqueza ornamental, ausência de espaços vazios e o gosto pela teatralidade.


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